As alterações auditivas congênitas ou adquiridas precocemente, decorrentes de comprometimento coclear (perda auditiva sensorial), restringem a experienciação auditiva no início da vida, alterando o desenvolvimento auditivo e de linguagem e interferindo no desenvolvimento mental, social e educacional da criança. A partir da 26a semana de vida, o feto pode detectar sons, discernir a voz materna. A privação precoce dos estímulos auditivos interfere no desenvolvimento das estruturas neurais ligadas à audição (PEDROSA; GOMES; FRANCO, 2008, p. 547).

Nos países desenvolvidos, as perdas auditivas de origem genética correspondem a 60% dos casos. Já em nosso meio, as causas mais frequentes de perda auditiva ainda estão relacionadas às causas infecciosas, como meningite e às causas de origem neonatal, como problemas do parto, acarretam falta de oxigênio para o neonato. No caso do adulto, as perdas auditivas adquiridas estão relacionadas à exposição a ruídos intensos.

Baseado em Pedrosa, Gomes e Franco (2008), o Comite Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância (2001) e Isaac e Manfredi (2005) seguem os principais indicadores de risco de perdas auditivas para recém-nascidos e lactentes.
» História familiar de perda auditiva congênita, ou seja, permanente na infância.
» Infecção congênita ou neonatal (sífilis, toxoplamose, rubéola, citomegalovírus e herpes).
» Meningite bacteriana.
» Sinais faciais sugestivos de síndromes (malformações de pavilhão auricular, meato acústico externo, ausência de filtrum nasal, implantação baixa da raiz do cabelo).
» Peso ao nascimento inferior a 1500g.
» Hiperbilirrubinemia – transfusão – hipertensão pulmonar persistente associada à ventilação mecânica.
» Medicação ototóxica por mais de 5 dias (aminoglicosídeos ou outros, associados ou não aos diuréticos de alça).
» Boletim Apgar de 0-4 no 1º minuto ou 0-6 no 5º minuto.
» Ventilação mecânica por período mínimo de 5 dias.
» Sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva condutiva ou neurossensorial.
» Traumatismo crânio-encefálico acompanhado de perda de consciência ou fratura de crânio.
» Otite média de repetição/persistente, com efusão por pelo menos três meses.
» Deformidades anatômicas e outras desordens que afetam a função da tuba auditiva.
» Desordens neurodegenerativas.
» auditiva condutiva ou neurossensorial.
Nas crianças de um mês até dois anos de idade, são os seguintes os fatores de risco para a surdez:
» atraso de fala ou de linguagem - aos sete meses ele já deve imitar alguns sons; com um ano já deve falar cerca de dez palavras e com dois anos o vocabulário deve estar em torno de cem palavras;
» ocorrência de meningite bacteriana ou virótica;
» trauma de cabeça associada à perda de consciência ou fratura craniana medicação;
» ototóxica - uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos que podem afetar o ouvido interno;
» outros sinais físicos associados à síndromes neurológicas infecção de ouvido persistente ou recorrente por mais de três meses - otites.
É importante considerar, também, os INDICADORES ADICIONAIS de risco para a surdez:
» Consanguinidade materna;
» Crianças pequena para a idade gestacional;
» Alcoolismo materno e uso de drogas psicotrópicas na gestação;
» Hemorragias ventricular;
» Convulsões neonatal;
» Permanência na incubadora por mais de sete dias

O que é otite média aguda?
É uma inflamação do ouvido médio, que pode ocorrer de uma infecção. Pode ocorrer em um ou nos dois ouvidos. A otite média é o diagnóstico mais frequente na criança pequena. Ocorre mais nos meses do outono e do inverno.
É sério?
Sim é sério, pois a dor é muito forte e pode levar a perda de audição, porém se tratada rapidamente não deixa nenhum problema posterior. Ela pode também se espalhar para estruturas próximas como a mastoide e até para a meninge.
Quais são os sintomas?
Em crianças pequenas, preste atenção se:
» Ela puxa ou mexe muito no ouvido; 
» Se chora e fica muito irritada; 
» Febre; 
» Vômitos; 
» Secreção saindo do ouvido.
Em crianças jovens, adolescentes e adultos preste atenção em:
» Dor de ouvido; 
» Sensação de pressão no ouvido ou ouvido “cheio”; 
» Tonturas, náuseas ou vômitos; 
» Secreção saindo do ouvido
Febre
O que causa a otite média aguda? Uma infecção causada por um germe, uma bactéria ou um vírus.
Tratamento
O seu médico otorrinolaringologista vai poder orientar cada caso. O tratamento pode incluir, antibióticos, antialérgicos, analgésicos e até mesmo a realização de um paracentese ou lancetar ou ouvido ( fazer um pequeno furo no tímpano) para drenar a secreção.

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