Classificação quanto ao grau de perda:
Audição Normal: 0 - 20 dB;
Perda leve: 21- 40 dB;
Perda moderada: 41-70 dB;
Perda severa: 71- 90 dB;
Perda profunda: acima de 95 dB.
Classificação quanto ao grau de perda, segundo o MEC, 2005
Surdez leve
de 16 a 40 dB. Nesse caso, a pessoa pode apresentar dificuldade para ouvir o som do “tic-tac” do relógio, ou mesmo uma conversação silenciosa (cochicho).
Surdez moderada
de 41 a 55 dB. Com esse grau de perda auditiva, a pessoa pode apresentar alguma dificuldade para ouvir uma voz fraca ou o canto de um pássaro.
Surdez acentuada
de 56 a 70 dB. Com esse grau de perda auditiva, a pessoa poderá ter alguma dificuldade para ouvir uma conversação normal.
Surdez severa
de 71 a 90 dB. Nesse caso, a pessoa poderá ter dificuldade para ouvir o telefone tocando ou ruídos de liquidificador na cozinha.
Surdez profunda
acima de 91 dB. Nesse caso, a pessoa poderá ter dificuldade para ouvir o ruído de caminhão, de discoteca, de uma máquina de serrar madeira ou, ainda, o ruído de um avião decolando.
De acordo com o local de lesão
Perda auditiva condutiva: quando a lesão encontra-se na orelha externa ou média.
Perda auditiva ou surdez neurossensorial: lesão na cóclea e ou no nervo auditivo (VIII par).
Surdez central: localizada nas vias auditivas centrais e ocorre se as vias auditivas de ambos hemisférios estão comprometidas.
Observação: Podem ocorrer dois tipos de perdas ao mesmo tempo.
Outras informações:
Perda auditiva neurossensorial
Quando a lesão auditiva está localizada no ouvido interno, na cóclea ou nervo coclear, são irreversíveis, porque há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Podem ser genéticas, hereditárias, associadas às síndromes, mal formações, traumas e por causas infecciosas como meningite e rubéola.
Surdez central
Manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral. A dificuldade principal, na surdez central, é com o processamento da informação sensorial. Pode acontecer em casos de síndromes genéticas, prematuridade e lesão no sistema nervoso.
Então é só lembrar que este tipo de surdez está relacionada ao processamento da informação sonora, à interpretação daquilo que se ouve e envolve dificuldades auditivas quanto à atenção, memória, reconhecimento, discriminação, análise e atribuição do significado. As causas das perdas auditivas também podem ser classificadas segundo a época da lesão podendo ser pré-natal; perinatal e pós-natal.
Causas pré-natais
São aquelas que acontecem antes do nascimento.
Desordens genéticas ou hereditárias
Cerca de 60% das perdas auditivas pré-linguais são de origem genética. Este dado explica a maioria dos casos de surdez irreversíveis que acontecem antes do nascimento e que muitas vezes não é identificada a alteração genética responsável pela perda auditiva. A surdez hereditária pode ter origem sindrômica e não sindrômica, sendo esta última responsável por cerca de 70% dos casos consequentemente é mais frequentemente encontrada. Uma em cada oito pessoas surdas transporta um gene recessivo da surdez, portanto o aconselhamento genético é indicado para se saber as probabilidades de transmissão. Cerca de 60 a 70% dos casos de surdez hereditária são autossômico recessivo e 2% estão ligadas ao cromossomo X. A surdez autossômica dominante (AD), em geral, é evolutiva e ocorre mais tardiamente. A surdez autossômica recessiva (AR), geralmente, é não evolutiva e mais grave, ou seja, as perdas são classificadas como severas e profundas.
Causas relativas ao fator Rh
Decorrente da incompatibilidade do fator Rh– do sangue materno com o do feto Rh+. Na maioria dos casos, vem acompanhado de lesões no sistema nervoso, e associado a quadros de encefalopatia não evolutiva infantil (paralisia cerebral).
Comentários
Postar um comentário